Gratuito e online, Festival de Cinema Italiano 2021 começa na primeira sexta-feira de novembro

O 16º edição do Festival de Cinema Italiano começa nesta sexta-feira , dia 05 de novembro, e vai até 05 de dezembro, com duração de 30 dias.  O Projeto será transmito para todo o Brasil de forma gratuita, via streaming. O evento faz uma seleção de produções recentes e inéditos no Brasil, tanto em salas de cinema como em plataformas virtuais.

“É importante ressaltar que o cinema italiano mostrou grande vitalidade durante a pandemia, aproveitando a oportunidade para produzir filmes para grandes plataformas internacionais, já que as salas de cinema estavam fechadas. Esta fase de relançamento do cinema italiano, ainda não traz de volta as grandes glórias do final dos anos 1950 e início dos anos 1960, mas com certeza traz a paixão única do sentimento italiano de se fazer cinema”, Erica Bernardini, Diretora e Curadora.

Erica  ainda esclareceu algumas questões sobre a curadoria dos  filmes”A escolha baseou-se em parte nos filmes que são apresentados em grandes festivais internacionais, principalmente nos Festivais de Veneza e de Roma, que são fios condutores da cinematografia italiana. Optamos também por filmes com histórias autênticas, que de alguma forma levassem a reflexão fizessem rir de situações inusitadas, onde a arte imita a vida ou possivelmente o exato contrário”.

Portanto, fazem parte da nossa seleção filmes de diretores renomados como Pupi Avati com o comovente “Lei Mi Parla Ancora” (Ela Ainda Fala Comigo) e o filme “Blackout Love”, primeiro longa de Francesca Marino.

Destaque para o filme dirigido por Alessandro Gassmann, “Il Grande Silenzio” (O Grande Silêncio), que narra os conflitos, os mal-entendidos, as comparações, as vozes e os silêncios de uma família caótica e disfuncional. E na telona ou telinha de casa também veremos as excelentes interpretações de Pierfrancesco Favino, Valerio Mastrandrea e Rocco Papaleo em “Tutti Per 1 – 1 Per Tutti” (Todos Por 1 – 1 Por Todos), que representam Os Três Mosqueteiros, um pouco fora de forma mas nunca enferrujados, e de Stefano Accorsi e Valeria Golino no drama intrigante “Lasciami Andare” (Deixe-me Ir) de Stefano Mordini. E não poderia faltar o filme “Ariferma” (Ar parado) de Leonardo Di Costanzo, apresentado no Festival de Veneza, que traz o talento de Toni Servillo como agente carcereiro e Silvio Orlando, como prisioneiro, pela primeira vez juntos, num enredo imaginário criado após a visita de Di Costanzo a diversos presídios.

A seleção também contempla “La Terra Dei Figli” (A Terra dos Filhos), uma titânica e emocionante história de aventura, além de grande jornada física e sentimental, que fala sobre temas que pertencem cada vez mais ao sentimento comum: o futuro do mundo que deixaremos aos nossos filhos e a importância da memória. O filme “Una Relazione” (Uma Relação) de Stefano Sardo mostra os sentimentos envolvidos numa longa relação sem compromissos entre um casal. “Morrison” (Morrison Café) de Federico Zampaglione é ambientado no lendário pub de Roma e conta a história do encontro duas gerações diferentes unidas pela paixão pela música: um jovem artista sonhador e um ex-rock star em crise. “Governance” é uma coprodução Itália-França de Michael Zampino sobre o preço do poder e a crueldade empresarial, com intérpretes de alta qualidade. “Lovely Boy” de Francesco Lettiere, apresentado na seleção oficial do Festival de Veneza, mostra a ascensão e declínio de uma estrela da música da periferia romana. “Welcome Venice” de Andrea Segre, também estreante no Festival de Veneza, é um drama ambientado em Veneza sobre três irmãos venezianos que entram em conflito sobre o uso da casa de sua família – um quer transformá-la num bed-and-breakfast para explorar o turismo.

Na sessão comédia o público vai se divertir com a continuação de “Come Un Gatto in Tangenziale”, (Como um Gato na Marginal – Retorno a Coccia di Morto) apresentado na 14ª edição do nosso festival e dirigido por Riccardo Milani. Desta vez, Luca Argentero, integra o elenco ao lado dos protagonistas Paola Cortellesi e Antonio Albanese. Em “Con Tutto il Coure” (Com Todo o Meu Coração), que ficou entre os TOP 5 da bilheteria na Itália, traz Vincenzo Salemme na direção e interpretando um singelo professor que herda o coração de um criminoso. O jovem diretor Alessandro Capitani de “I Nostri Fantasmi” (Os Nossos Fantasmas) apresenta um jogo de “fantasmas” na busca de um lar, com destaque para atuação de Orlando Forte interpretando o personagem Carlo aos seis anos de idade.

Fechando a maratona de filmes inéditos, apresentamos uma justa homenagem à nossa retrospectiva “As Mais Belas Trilhas Sonoras do Cinema Italiano”, com o documentário sobre o compositor, pianista, contrabaixista e maestro Ezio Bosso, de Giorgio Verdelli. “Ezio Bosso – Le Cose Che Restano” (Ezio Bosso – As Coisas Que Restam) conta a incrível história profissional de um artista original e apaixonado, que é motivada pelo desejo de encontrar a sua presença, não apenas uma memória, nas palavras dos entrevistados. O filme é construído num contínuo dueto voz-música, entre pensamentos e composições de Bosso, capaz de passar da Carmina Burana ao rap. O filme também relata levemente momentos fortes, através da luta autodepreciativa e exaustiva de Bosso com a doença e com as ferramentas que se propôs a dominar, graças à sua técnica extraordinária.

Transmissão online

Para assistir você precisa entrar no site do Festival, escolher o filme , clicar e aproveitar o momento. Divirta-se!

Alessandro Capitani. Foto: Festival de Cinema Italiano

Homenageado do Festival  – Alessandro Capitani

Nascido em Orbetello, na região Toscana,  é diretor de cinema e televisão. Formou-se no Centro Experimental de Cinematografia de Roma em 2009. Em 2013, com o curta-metragem “Jennifer’s Law” ganhou o Cinemaster do Universal Studios em Hollywood. Em 2016 com o curta “Bellissima” ganhou o “David di Donatello” como “melhor curta italiano”. Em 2018, estreou o seu primeiro longa-metragem, “Viajando com Adele”, com Sara Serraiocco, Alessandro Haber e Isabella Ferrari. Seu segundo filme, intitulado “Nossos fantasmas”, com Michele Riondino, Hadas Yaron e Alessandro Haber, está atualmente nos cinemas.

 

 

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