II Conferência Antifeminista marca lançamento do livro ‘A Hidra Feminista’ da escritora e deputada Ana Campagnolo
A sexta-feira, 7 de março de 2025, data da realização da II Conferência Antifeminista foi palco do lançamento do quarto livro da escritora e deputada Ana Campagnolo. O evento conta com a presença de personalidades públicas, com destaque para a Vice Prefeita de Florianópolis, Maryanne Mattos e a deputada à Assembleia de Portugal, Rita Maria Matias, palestrante na conferência exibindo a realidade e desafios políticos de Portugal.
A autora comenta a participação da deputada Rita Maria Martins e sua importância para o desenvolvimento e conclusão da obra: A Hidra feminista. “Estamos felizes pela oportunidade de trazer a Deputada Rita lá de Portugal para a conferência, esse livro foi ideia dela; ideia que surgiu em uma parceria na Universidade de Coimbra. A Deputada Rita realmente surpreendente pela sua idade, tão jovem, já reeleita Deputada na Assembleia Nacional de Portugal e atuante em diversas pautas, não só no feminismo, mas também sempre atenta as questões de imigração, e as questões de politica ambiental. Estou muito feliz em poder finalizar esse evento as vésperas do dia da Mulher.”
O livro estabelece um paralelo entre o feminismo e a Hidra de Lerna, criatura mitológica cujas cabeças se regeneravam após serem cortadas. Para Ana Campagnolo, o movimento feminista também se estrutura em múltiplos eixos de atuação que, mesmo quando confrontados, encontram novas formas de manifestação. A obra conta com o posfácio da deputada Rita Maria Matias, considerada a primeira parlamentar antifeminista portuguesa.

“Mostramos que há alternativas às mulheres que têm sido vítimas das ditas conquistas do feminismo”, disse Rita Matias. “É uma maioria silenciosa que tem medo de dizer que não concorda com as correntes do feminismo. “Se temos banheiros mistos, se temos mulheres que abortam por pressão do companheiro ou do patrão é porque o feminismo traiu essas mulheres.”
Dia da Mulher
A véspera do dia da mulher, a Conferência homenageia algumas mulheres com a entrega de medalhas de mérito, destacando os feitos realizados em favor dos catarinenses. Com destaque para a Vice a Prefeita de Florianópolis , Maryanne Mattos.
“A Ana é uma inspiração para todas nós aqui em Santa Catarina. Todo estudo que ela faz em cima da questão da história do feminismo liberta muitas mulheres. A gente nunca teve literatura sobre o outro lado da história. Sobre a verdadeira história, sobre a verdade, enfim. Então, ter eventos como esse no mês da mulher é simbólico e muito importante para gente fortalecer e da coragem e voz para as mulheres femininas, mulheres mães, mulheres trabalhadoras, mulheres que merecem ser respeitadas. E essas mulheres que defendem as pautas conservadoras, as feministas não respeitam”, destaca Maryanne Mattos, Vice Prefeita de Florianópolis.

Entrega das medalhas:
- Maryanne Mattos, prefeita em exercício de Florianópolis
- Franciele Bruch, vereadora e secretária de Assistência Social de São Ludgero
- Pati Marin, secretária de Turismo e Desenvolvimento de Itapema
- Pamelys Barros, presidente da Câmara de Vereadores de Braço do Norte
- Jéssica Lemonie, vereadora em Itapóa
- Morgana Almeida, vereadora em Meleiro
- Rubia Rachadel, vereadora em Apiúna
- Emília Wedig, suplente de vereadora em Porto União
- Jucélia Coelho, suplente de vereadora em Rancho Queimado
- Suelen Lara, suplente de vereadora em Timbó
- Regiane Cichelero, mãe educadora em Guarujá do Sul
Ana Campagnolo
A escritora é autora de quatro livros: “Feminismo – perversão e subversão”, “Guia de bolso contra mentiras feministas”, “Ensino domiciliar na política e no direito” e “A Hidra Feminista”.
Nascida em Itajaí e graduada em História, exerceu o magistério na rede pública por quase 10 anos e hoje é mentora em grupos de estudo online como o Clube Antifeminista. A autora é única mulher conservadora no parlamento de Santa Catarina. Está em seu segundo mandato após ter sido reeleita em 2022 com 196.571 votos, maior votação na história do Estado.

*Mensagem da autora sobre o dia da Mulher
Desde a sua criação, o dia da mulher foi envenenado pela esquerda com mentiras e falácias ideológicas. O que deveria ser um dia para comemoração se tornou um palco para propaganda política de esquerda e lamentações vitimistas.
Mas como chegamos até aqui? Você conhece a verdadeira história por trás do Dia da Mulher? A primeira documentação de uma iniciativa para tal celebração data de 1909, quando a ativista Thereza Malkiel, por meio do Partido Socialista da América, liderou uma marcha de mulheres nas ruas de New York. O evento se chamava Dia Nacional da Mulher, e a data escolhida para o evento foi o dia 8 de fevereiro, quando completava-se um ano da greve de operárias de uma fábrica de tecidos e vestuário por aumento salarial, diminuição da carga horária e melhores condições de trabalho. A ideia da criação de um evento anual para o feminismo chamou a atenção de diversas ativistas.
Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, a feminista alemã Clara Zetkin trouxe a proposição de internacionalizar o evento em uma data para angariar atenção ao movimento sob ‘preceitos socialistas’: “mulheres socialistas de todos os países realização a cada ano um Dia da Mulher, cujo principal propósito deve ser auxiliar na obtenção do sufrágio feminino”.
Chegando a um consenso sobre a importância do projeto , elas decidiram manter a comemoração anual em 19 de março, em homenagem ao dia em que o rei da Prússia reconheceu a força exercida por liberais e socialistas durante um episódio da Revolução de 1848 que ficou conhecido como o Combate em Barricadas ( em Berlim, 1848). Entre as concessões do rei às vontades das tropas opositoras, estava a introdução do voto feminino no país.
Ao mesmo tempo em que as feministas se moviam para infiltrar a data em calendários nacionais pela Europa, os comunistas vinham avançando em seus planos de domínio da Rússia. O início de sua tomada do poder deu-se em 8 de março de 1917 ( calendário gregoriano), quando operárias da cidade de Petrogrado, em maioria tecelãs, executaram uma greve trabalhista. O episódio deu início à Revolução Russa de Fevereiro e ficou conhecido como a Marcha por Pão e Paz – o pão sim simbolizando a falta de direitos trabalhistas e terras para plantação, e a paz como uma reivindicação pela volta do seus maridos que se encontravam nas frias trincheiras da Primeira Guerra Mundial.
Pouco tempo depois, o regime czarista viria a cair, marcando a greve como o pontapé inicial da criação da União das Repúblicas Socialistas Soviética. Mais tarde, a feminista Aleksandra Kollontai, nome fortíssimo na ditadura Soviética, viria a oficializar o dia 8 de março como o ‘Dia da Mulher’, retirando o chavão socialista e assim permitindo a celebração feminista em países ocidentais, mesmo que de modo subliminar. Objetivo alcançado em 1975, com o reconhecimento da data pela ONU.
O Dia Internacional da Mulher é uma data criada pela esquerda para a comemoração dela própria.
Não quero condenar você caso goste dessa data tampouco quero afirmar que você não deveria receber uma flor ou uma mensagem de felicitação no dia de hoje. Seja educada e generosa sempre, inclusive neste dia. Agradeça a gentileza dessa comemoração e até as retribua. Mas eu quero convidar você a uma reflexão. Chegou nossa vez de superar o passado e comemorar a Mulher com o verdadeiro significado de feminilidade. Que seja um dia marcado pela defesa da vida ( que nós e somente nós podemos gerar) e pelos seus valores cristãos cultivados e mantidos por mulheres em prol da família há milênios.
Se há algo que podemos e devemos comemorar é a maneira como Cristo nos honrou enquanto mulheres. No evangelho de Marcos 15,41, nos é dito que, durante a crucificação de Jesus., Maria Madalena, Maria ( mãe de Tiago e José) e Salomé estavam olhando o mestre de longe. O que mais chama a atenção nesse texto, no entanto, é que essas mulheres costumavam segui—Lo ( ekolouthoun) e servi-Lo (diekonoun) enquanto Ele estava na Galiléia. Marcos também diz que estavam presentes na crucificação de Jesus “muitas outras ( mulheres), que tinham subido com ele para Jerusalém.” Maria Madalena também é mencionada em primeiro lugar em outro grupo de mulheres que, com muitas outras, ajudavam a sustentar Jesus e seus doze apóstolos com seus bens, isto é, financeiramente ( Lc 8.2-3).
Uma das principais participações de mulheres na vida e na obra de Jesus Cristo certamente foi o testemunho sobre a sua ressurreição. Foram as mulheres quem primeiro viram o túmulo vazio, e Maria Madalena teve a honra de ser a primeira a anunciar a ressurreição de Jesus aos outros discípulos ( Mt 28,8, Lc 24,9, Mc 16.9-10). Isso tudo é ainda mais impressionante quando levamos em conta que a palavra de uma mulher na época de Jesus não tinha grande valia, pois as mulheres não eram consideradas como testemunhas confiáveis.
Para James Dunn, importante historiador dos primórdios do cristianismo, toda essa participação direta das mulheres no ministério de Jesus evidencia que jesus considerava as mulheres como um grupo desfavorecido. Para ele, as mulheres faziam parte de Israel e compartilhavam plenamente das bênçãos prometidas ao povo de Deus. Ainda assim, a proeminência de mulheres entre os seguidores de Jesus e a sua proximidade com várias delas, segundo Dunn, certamente deve ter causado estranhamento na sociedade da época, e isso mostra que Jesus não via deficiência alguma em seu status como mulheres nem em sua capacidade para o serviço e o ministério.
Eu não queria deixar re registrar uma mensagem carinhosa a você neste Dia da Mulher, então, pensei que mostrar um pouco de história poderia ser um bom presente – acho que você já me conhece para saber que sempre procuro fazer algo assim. Eu desejo que você, e todos os outros dias, você capaz de ser feliz por ter nascido mulher, saiba o que isso significa e aprecie essa benção.
Muito obrigada por ter vindo ao nosso evento, foi ótimo passar esse tempo com você.

* O texto foi distribuído impresso a todos os participantes da II Conferência Antifeminista, na sexta-feira, 07 de março de 2025.